19.3.09

Como eu vejo, como eu sinto

Vamos falar de solidão, na sua casa nunca mais entrei mas decorei com exatidão todas as coisas como eu deixei, versos jogados pelo chão, lembranças do que não presenciei, mas decorei com exatidão. Como o passado que eu mesmo criei, e tudo que eu posso oferecer são minhas palavras pra você no plágio de uma bela melodia e tudo que eu quero te dizer eu já cansei de escrever. Quero te ver enquanto não é dia, mas diz porque tu vais embora, mas diz porque tens tanto medo se não acorda cedo, nem trabalha, estuda ou namora. Mas diz porque chegou a hora, agora que eu venci meu medo te peguei pelos dedos pra dançar enquanto o sol demora para chegar trazendo aurora. E a luz que cega e me dá medo e como um torpedo eu deslizo, eu vôo num mar de lençois e cada dobra conta histórias de muitas delas sinto medo, são muitos enrredos enrolados e embriagados como nós, tão a sós, como nós, tão a sós.
Porque você insiste em dizer que ainda existe vida sem você? Quando você não esperar vai doer e eu sei como vai doer e vai passar como passou por mim e fazer com que se sinta assim, como eu sinto. Porque você insiste em dizer que ainda existe vida sem você? Como eu vejo, como eu vivo, como eu não canso de tentar eu sei que vai ouvir, eu sei que vai lembrar, vai rezar pra esquecer, vai pedir pra esquecer, mas eu não vou deixar, eu não vou deixar!!!. Porque você insiste em dizer que ainda existe vida sem você? E eu não quero lembrar do que eu fui pra você uma simples distração pra você esquecer, eu não quero lembrar que chegamos ao nosso fim. Porque você insiste em dizer que ainda existe vida sem você? Eu não quero lembrar que eu vou acordar sabendo que meus olhos não vão te encontrar eu não quero lembrar que tudo acabou pra mim, vou te esquecer, vou te esquecer, vou te esquecer, vou te esquecer. Porque você insiste em dizer que ainda existe vida...só pra lembrar.

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